24 de outubro de 2009

Tenho q admitir...



Infelizmente, às, vezes, sou assim....
Dr. Pepper é do Caralho!
Conhece?

5 comentários:

  1. kkk, ótimo!

    André: tive que moderar outro comentários daqueles no blog, mas como endereçei direitinho o post, já desconfio de quem seja, né?

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  2. André: confira esse site: tem tb coisas dos anos 80, como o acervo que vc comentou (e que mereceria uma postagem). Eu era colunista lá, mas o dono é muito inconstante, vive pedindo dinheiro, etc.

    http://www.abarata.com.br/Colunas_LucioJr_Detalhe.asp?Codigo=108

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  3. VOU ESTAR - NDO

    Sírio Possenti - IEL/Unicamp
    possenti@correionet.com.br

    Todos os defensores da língua pura (não consigo entender qual o problema deles com as misturas) estão criticando uma locução verbal supostamente nova que apareceu no mercado. Confesso que não a ouvia, ou não me dava conta de que existia, até que tive minha atenção chamada para ela pelos guardiães da língua que imaginam que tudo aquilo de que não gostam ou for novo - o que vier antes - é necessariamente ruim. Se eles não gostam, deve ser interessante. Se acham que não serve para nada, alguma serventia deve ter.Não sei qual teria sido o estrato social que mais aderiu à novidade. O certo é que a locução aparece em todas as falas de todas as telemarqueteiras. Devem receber severo treinamento que inclui pelo menos duas exigências: não dizer nada que não esteja no script, e enunciar, em algum momento, a famosa fórmula "vamos estar -ndo". O que seja "-ndo" depende do serviço. Se se trata de uma encomenda, então a empresa "vai estar enviando". É uma reclamação? Alguém "vai estar providenciado". Mas a expressão invadiu também as escolas: dia desses, um aluno me disse que ia estar me enviando um trabalho por e-mail. O alcance da novidade deve ser bem maior. Em seu pronunciamento em rede nacional de TV, em meados de agosto, o próprio Ministro da Saúde, José Serra, que não é jovem - mas talvez seja (tele)marqueteiro-, falou de "outra vacina que vamos estar aplicando amanhã".Já disse que não sei o que é que algumas pessoas têm contra formas lingüísticas novas, até porque, em tudo, as novidades funcionam como índice de qualidade. Se bem que desconfio que até sei: todos gostam de novidade em tudo, exceto os que cuidam da língua nos domínios da gramatiquinha.No que segue, vou estar mostrando que não há nada de esquisito nessa forma tão criticada (seu único problema é não estar entre as expressões abonadas pelas gramáticas escolares). Vou estar apresentando uma análise preliminar, o que quer dizer que não estive estudando nada em especial para escrever este textinho - espero que o leitor perdoe a franqueza e, especialmente, o esboço preliminar de uma análise que pode até estar equivocada. Vamos por partes.Vejamos primeiro a sintaxe da locução: a ordem dos verbos auxiliares é perfeitamente canônica. Sabemos que os auxiliares vêm sempre antes do principal (como em "vou sair"); se houver mais de um auxiliar, há uma ordem permitida e outras proibidas ("tenho estado viajando", mas não "estive tendo viajado"; "vou estar saindo", mas não "estarei indo sair"). Resumo da história: a expressão nova está de acordo com sintaxe do português: sua ordem é ir + estar +ndo. É, pois, absolutamente gramatical.Vejamos agora o que significa. Os que não gostam da forma dizem que não serve para nada, que já há outra melhor para expressar a mesma coisa (eles também não são nada sutis). Ao invés de "vou estar mandando", que se diga "vou mandar", ou "mandarei", dizem eles.

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  4. Oi, André.

    Chutei o balde mesmo! kkk

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